Fotos: Márcio Panda
RESUMO DA REUNIÃO ARQUIDIOCESANA DA PASTORAL DE POPULAÇÃO DE RUA “ Nosso trabalho com a população de rua deve partir do conhecimento técnico, como esta abordagem de hoje. Nem sempre estamos tratando da maneira correta, O que vale é que o AMOR trata tudo. O AMOR É O GENÉRICO PERFEITO.” Monsenhor Aroldo.
Dia 05 de outubro de 2009 18 horas Local: Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Coordenador: Mons. Aroldo
Frei Luciano fez uma oração inicial invocando o Espírito Santo sobre o Trabalho com a População de rua, incentivando a todos a perseverar na Missão. Monsenhor Aroldo autorizou o início dos trabalhos com a Palestra do Dr. João Peixoto Barbosa e da Dra. Patrícia Ledo: Uma abordagem médica e missionária Redentorista, das doenças clínicas/ infecto contagiosas e psiquiátricas da População de rua.
O Dr. João abordou todas as doenças mentais que afligem a população de rua. A maioria estão ali porque estão doentes. E eles não necessitam somente do pão, precisam ser vistos em suas doenças e suas carências de Amor, atenção, cuidados... serem encaminhados e tratados com amor. O pão certo à necessidade certa de cada um.
Depressão, esquisofrenia, psicopatias, retardos mentais, dependências químicas... cada doença foi explicada com muita clareza. Esclareceu que até que ponto um comportamento fora do normal é doença ou não. Quando o comportamento exclui totalmente os hábitos saudáveis para dar lugar a hábitos doentios, obsessivos, incontroláveis pelo próprio indivíduo, neste caso ele tem uma doença.
A Dra. Patrícia esclareceu muito sobre as doenças clínicas e infecto contagiosas. Da necessidade de higiene, como básico. Não só dar condições de um banho, higiene à população de rua, mas os cuidados que devem ter as pessoas voluntárias para este trabalho missionário.
A tuberculose por exemplo, que acomete mais aos homens é uma doença transmissível pelo ar. Outras, como parasitoses podem ser evitadas de contágio ao lavar as mãos depois de ter contato com as pessoas doentes. É um bom hábito o uso do álcool gel desinfetante. Apresentou os sintomas e para onde podem ser encaminhados os doentes de AIDS, tuberculose e que todos os hospitais públicos têm obrigação de atender uma pessoa com uma excessiva dose de drogas, seja ela qual for. Os Postos de saúde estão muito bem estruturados, inclusive com agentes de saúde para acompanhar o tratamento de pessoas que são incapazes de fazê-lo sozinhas, no caso de doenças infecto contagiosas.
Foi citado o projeto dos CAPS, que é pouco divulgado e que faz um bom atendimento neuro psiquiátrico.
Estas citações marcaram muito o final da Palestra do Dr. João que exortou a todos a refletir como sermos seguidores de Jesus no AMOR ao próximo.
“Quais os rostos da pobreza que queremos responder em nosso Ministério?
Como é que os pobres especialmente os mais empobrecidos e oprimidos pelas doenças nos chamam e desafiam à conversão?
Como nós podemos hoje, oferecer ao nosso irmão em Cristo o pão para o corpo e para o espírito, sem sermos somente uma ONG.”
Dando continuidade, Monsenhor Aroldo agradeceu a brilhante apresentação do Dr. João e da Dra. Patrícia com uma riqueza de conteúdo que precisamos aprender, à coordenação de Pastoral do Vicariato Norte, esperando que numa outra oportunidade possam repetir ou senão retornar dando continuidade nos trazendo outros assuntos das áreas de saúde e missionárias com a população de rua.
Esclareceu que as reuniões a cada dois meses, na Catedral, deverá concentrar o maior número de pessoas possível, envolvidas com o trabalho de população de rua, é importante esta formação, e que a próxima reunião de novembro é para os Coordenadores e as Entidades. Vamos incentivar mais a participação de todos. Abriu espaço para que todos os presentes dessem sugestões quanto ao tema que seria abordado.
No meio a sugestões de temas, entre outros assuntos, foi colocado sobre a necessidade do apoio dos Vicariatos ao 3º. Retiro de População de Rua, nos dias 13,14 e 15 de novembro da Comunidade Aliança de Misericórdia, em Campo Grande, também em parceria com as comunidades Shallon ... Toca de Assis e de todos que puderem participar.
Monsenhor Aroldo , antes de encerrar a reunião, respondeu a um comentário sobre o trabalho que é feito na Igreja é visto como assistencialismo... “ Um trabalho não é nada se for visto isoladamente. Algumas pessoas têm razão em falar, porque eles nos enxergam fragmentados : “ pessoas que para amenizar seus ressentimentos e culpas fazem caridade para merecer o céu” Quem faz um comentário deste, está demonstrando o que vê. Mas, se nós formos vistos fortes, juntos, unidos e confiantes no que fazemos, eles nos verão, querendo ou não de uma outra forma.”
“ Por outro lado eu adoro desafios , nos fala o coordenador da Pastoral, e este desafio que estamos encarando é para ser superado e nunca desanimar. Quanto à ausência hoje de muitos, também é um motivo a mais para motivar a outra vez estarem aqui trazendo outras pessoas.”
Monsenhor Aroldo encerrou a reunião com uma Oração, e todos muito felizes foram tirar uma foto.
LISTA DOS PRESENTES
Coordenador Arquidiocesano - Monsenhor Aroldo da Silva Ribeiro .
Dir. Esp. Vic. Suburbano - Frei Luciano Nuñez García S.T. Villanova Par N. Sra, das Graças – Mal Hermes.
Coord. Vicarial Sul - Helena Gomes das Chagas – Paróquia Santa Cecília – Botafogo.
Coord. Vicarial Norte – Sérgio Augusto Pinheiro Pauliac, Paróquia Santo Afonso.
Coord. Vicarial Jacarepaguá – Célia Maria do couto .
Ma. Angelica de A. Ferreira - Par. N. Sra. do Brasil Urca - P. N. Sra. das Graças - Mal Hermes (voluntária).
Donilto Rocha Soares – Vic Oeste.
Jurandy José- Fraternidade Sol de Assis.
Márcio Panda – Vicariato Norte - Paróquia Santo Afonso e Nossa Senhora da Luz - Alto da Boa Vista.
Miguel Rodrigues – Vicariato Norte, Paróquia Santo Afonso.
Gilson Tupinambá- Jesus Alimento - Paróquia Santo Afonso.
Dra. Patrícia Ledo – Obra social Santo Afonso e São Geraldo.
João Carlos Peixoto Barbosa – Obra social Santo Afonso e São Geraldo.
Esmeralda Pitanga Barbosa – Paróquia Santo Afonso.
